José Pereira Distribuição, Lda.

Vinhos DOC e Vinhos DOP, que significa?

Muitas vezes encontramos estas designações nas garrafas de vinho, mas a verdade é que nem toda a gente entende o seu significado e propósito.

DOC traduz-se em Denominação de Origem Controlada que define determinadas normas e legislações próprias cujo objetivo é garantir o rigor da produção, respeitando as origens da região assegurando sempre a qualidade dos vinhos. Este sistema de certificação de vinhos serve como um controlo rigoroso dos vinhos destas regiões produtoras mais antigas de forma a garantir que estes produtos são genuínos e protegidos de falsificações. Para obter esta certificação, os vinhos, exclusivamente produzidos em regiões regulamentadas e delimitadas, são submetidos a avaliações que analisam o tipo de castas utilizadas, como são cultivadas e em que tipo de solo, o teor do álcool, o tempo de estágio necessário antes e depois do seu engarrafamento, entre outras.

A certificação de Denominação de Origem Protegida (DOP) é concedida aos produtos que cumpram os métodos de produção e de área tradicionais. Os vinhos com esta certificação têm origem incontestável e pertencem somente a um único local.  

Qual a diferença entre os Vinhos DOC/DOP e os Vinhos Regionais ?

A grande diferença entre estes “rótulos” são o controlo efetuado em cada um destes tipos de vinhos, sendo os vinhos DOC os detentores da certificação com regras mais rígidas.

É difícil enumerar as várias características dos vinhos DOC, uma vez que cada região apresenta as suas próprias especificidades. Um vinho DOC tem sempre um selo de garantia da sua região de produção que assegura as qualidades necessárias verificadas pelo próprio regulador da DOC, mais especificamente as Comissões Vitivinícolas Regionais, o Instituto dos Vinhos do Douro e Porto e o Instituto do Vinho do Bordado e do Artesanato da Madeira. Estas entidades controlam a totalidade das antigas DOC’s de Portugal e têm a função de garantir que as normas de cada região são cumpridas. Estes vinhos são avaliados pela sua qualidade e consoante as características e regras que têm de ser cumpridas ao serem produzidos em determinada região.

A designação de DOP é utilizada por várias regiões do mundo e garante que o produto em questão cumpre determinados padrões de qualidade e são submetidos a um sistema de controlo rígido e específico. Garante que o produto apresenta aromas e sabores distintos, alcançado de forma tradicional com um vínculo muito forte à região e competência e conhecimento característico do território. Os vinhos DOP são sujeitos a regulamentações específicas por reguladores como a Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verde. Esta comissão assegura que os vinhos verdes são produtos com qualidade aprimorada, certificada que salvaguarda os valores únicos e tão característicos de cada região.

Os vinhos regionais denominados por IGP – Indicação geográfica protegida detêm maior liberdade de utilização de castas não autóctones da região. Por outro lado os chamados vinhos de mesa são apenas regulados pelas regras do IVV (Instituto da Vinha e do Vinho).

Como surgiu esta denominação?

Grande parte das denominações surgem através de normas previamente estabelecidas pela União Europeia de forma a proteger determinados nomes de produtos cuja produção e transformação se desenrolam em regiões delimitadas.

É um facto sabido que sempre houve quem se aproveitasse e reproduzisse os talentos e produtos dos outros. No século XVIII, no apogeu das exportações de Portugal encontrava-se o vinho do Porto, que pela sua procura cada vez mais proeminente se tornou um alvo fácil de imitações e falsificações. A sua comercialização sofreu um grande golpe devido a esta situação, uma vez que os consumidores se aperceberam que estavam a consumir um produto falsificado e com uma qualidade inferior. Naturalmente, os consumidores deixaram de adquirir estes produtos, pois não conseguiam distinguir um produto genuíno de um falsificado. Por estas razões, foi criado um sistema de controlo que traduz o carácter genuíno de uma produção e região específicas sujeita a várias fiscalizações. A primeira região a ser demarcada foi o Douro trazendo vantagens na comercialização do vinho do Porto.

Agora, consegue facilmente perceber a importância deste selo e a compra de vinho será seguramente feita com mais discernimento e conhecimento de causa.

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